segunda-feira, 23 de maio de 2011

Falta de ideias e vontade de escrever. Resolvi fazer algumas listas de músicas que me marcaram.

top 10 músicas que marcaram relacionamentos ou pseudo relacionamentos amorosos1-love you tear us apart- joy division
não tem muitas explicaçoes...simplesmente o primeiro relacionamento de uma pessoa ferrada que acabou e...nao,nao vou contar a fucking história

2-Everybody's Gotta Learn Sometime- beck
Era uma tarde quente de um fevereiro qualquer, tinhamos cervejas,um filme,  uma amizade colorida e ao fundo tocava essa música.

3-gram-parte de mim
bela trilha pra terminar uma relação duradoura que acabou com o psicológico de alguém.

4-the killers- read my mind
é...muito tempo,afinal. tem muito mais que uma música.

5-bizarre triangle love- new order
melhor nao comentar.

6-black heart inertia-incubus
"você é uma montanha que eu gostaria de escalar,nao pra conquistar mas pra dividir a visao." É, mal sabia eu que estava ouvindo a música indo a um lugar pra tentar me distrair e lá conheci quem transformou meu cérebro em paçoca em poucos meses.

7-waiting all day- silverchair
quando ouvi um nao e fiquei esperando por um sim.

8-cosmic love- florence and the machine
provavelmente um dos dias mais marcantes da minha vida.

9-abigail-happy days
eu durmo ouvindo black metal.devo ter problemas mentais.mas as lembranças junto com música sem tecnica e as vozes do dialogo de um certo filme me fazem adormecer

10- the bitter end- placebo
quando tentamos passar por cima de algo com algo extremamente parecido e no fim não dá em nada.

top 5 musicas que eu ouviria antes de morrer1- the mercy seat- johnny cash
2-alt.end-the cure
3-atmosphere- joy division
4-song to say goodbye- placebo
5-angeles-elliot smith

top 10 músicas que me lembram pessoas da minha vida[amigos,família]1-teatro dos vampiros - legiao urbana
2-meds- placebo
3-1979-smashing pumpkins
4-boys don't cry- the cure
5-clube dos canalhas-matanza
6-you dont care about us-placebo
7-dig up her bones- misfits
8-too drunk to fuck- dead kennedys
9-dont speak- no doubt
10-dig-incubus

top 10 músicas da minha vida1-how soon is now- smiths
2- love will tear us apart- joy division
3-fake plastic trees- radiohead
4-miss misery- elliott smith
5-alison-slowdive
6-hurt-johnny cash
7-reasons why-the cure
8-days before you came-placebo
9-coffee and tv-blur
10-let it be-beatles

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Abstinência


Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus" Lc 4.4


Quinze dias sem eles e aqui estou eu. Por pura teimosia e por saber que não faz mais tanta diferença ter alguns comprimidos em um organismo tão caótico. Eu devia estar bem e não prostrada e esquecida dentro de mim afinal sou eu depois de tanto tempo.
Reclamei tanto que os malditos antidepressivos destruiam minha criatividade mas agora estou entediada. Eu já tentei chorar de forma forçada pra esquecer a indiferença que tudo isso causou e no momento estou tão fria quanto um corpo morto ao chão. Xinguei todos os laboratórios por ter perdido parte da minha libido pra um comprimido pela manhã e agora nada de fato me excita. Na verdade era pra estar viva,ativa e com meu sexo a flor da pele. Sexo? Já tive mais remédios que parceiros sexuais ao longo dos anos: Primeiro a ritalina,depois a fluoxetina que foi e voltou várias vezes como um tórrido caso de amor. Também tive o rivotril que embalava as noites de sono como uma canção de Elliott Smith e não poderia deixar de citar Risperidona que me privava de devaneios. Sim, remédios como sexo. Alguns acompanham por aos,outros são rápidos e cansativos e ainda há as doses únicas que podem marcar por muito tempo.
Joelhos dobrados,pensamentos a mil,cigarro na mão e um olhar vago e pálido. Só falta um pão envolvido em bolor e lá estarei eu como a senhorita Miséria vendo o mundo novamente sem minhas lentes químicas e tudo é de fato apenas pontos brilhantes e enjoativos no horizonte. Carros passam, corpos andam, cartazes expõe uma realidade fingida. É tudo uma única massa assustadora e escura. Os malditos remédios não mudavam o que de fato existe na única realidade que sempre existiu pra mim mas tentavam tirar meu medo de vagarosamente tocar nessa imundície toda a qual pertencemos. Que se foda o médico! É melhor assim ficar escorada em uma parede, esquecida e apenas deixando o tempo passar,assim como a caixa de Fluoxetina bem ali na minha estante.


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sobre relações entre eu,o outro eu e os outros seres.

   Tá aí um tema abordado por 90% das pessoas, livros, filmes, músicas e basicamente tudo que se vê vida a fora: relacionamentos. Resolvi falar disso ao me deparar com uma notícia excêntrica de uma louca que se casou com ela mesma. Louca? Por que louca? Calma...Eu já chego lá! De acordo com a nota a fulaninha se chama Chen Wei-yi, tem 30 anos e é de Taiwan.

Sra. Chen, a Noiva Chen e a mãe delas.
A moça organizou um banquete com direito a bolo,roupa e noiva e todos os fru-frus de um casamento entre duas pessoas. De acordo com ela "Casar comigo mesma é uma forma de mostrar que sou confiante e que me aceito como eu sou". Uns podem chamar isso de carência, loucura ou simplesmente uma puta vontade de chamar atenção. Não estou aqui pra julgar alguem que nem imagina que existo até porque julgamentos em geral me dão uma puta preguiça. Mas fiquei refletindo sobre isso, sobre a relação do Eu com o Eu. Não estou falando em específico do id,ego e alter ego e nem do ying yang mas da arte de se tolerar 24h por dia. Uns dizem que não querem casar ou namorar por achar chato ter todas as obrigações, a frescurada toda da maioria dos relacionamentos e dizem não querer abrir mão da liberdade. Realmente conviver é um dom que exige paciência de Jó mas é muito comum ver o pessoal passar boa parte da vida na esbórnia e quando chega a certa idade,se desesperar pra casar e construir uma imagem social padrão além  da conveniência de não precisar mais ter que ir atrás de sexo e todos os prazeres de uma companhia. Realmente não entendo muito esse desespero porque de fato eu gosto de estar só.
Acho válido manter uma relação quando existe um apego real e forte pela personalidade e características psicológicas da pessoa mas não é muito comum encontrar isso por aí ainda mais nessa época de relações miojo: você conhece a pessoa miojo, lê o sabor e as instruções, ferve a água e em 3 minutos it's ok,baby! É só colocar o tempero e saborear uma refeição rápida e única e até nunca mais.
Não estou criticando esse tipo de coisa da modernidade pois até já fui adepta dessa facilidade. O fato é que mais complicado que lidar com outras pessoas é conviver com o próprio Eu. Podemos dizer tchau pra uma pessoa miojo, terminar uma relação duradoura e conturbada, bloquear pessoas na internet, não atender ligações e ignorar muita gente mas temos o fardo de conviver com nossas personalidades o tempo todo por anos. Parece que muita gente não tem consciência disso ou ignora esse fato. Talvez não seja todos que encaram a vida dessa forma mas eu, de fato acho muito complicado.
A mocinha de Taiwan casou com ela própria e pode parecer algo inusitado e estranho mas dá prarefletir muito sobre esse amor próprio. Vivemos por instintos de sobrevivência que nos acompanha desde o ventre. Podemos ver isso até em filmes que mostram um aborto e o feto relutando pra continuar confortável dentro da mãe,não querendo morrer. Isso é uma dádiva, benção ou maldição que nos acompanha por toda a existência mas acima do instintos, queremos mesmo tudo isso? Não reclamo da minha vida ou de fatores externos mas  do que há internamente,meu próprio eu e a eterna luta entre eu e eu. Brigamos mais que qualquer casal belicoso e por vezes eu me traio, me traio comigo,me traio com tudo ou com nada.
É comum vermos pessoas com uma arrogância desmedida e uma auto estima maior que um elefante. Ao mesmo tempo que isso é invejáel também é patético. Como qualquer relação entre dois seres que necessita de certos conflitos para amadurecer, uma relação entre os Eu's também precisa desses probleminhas pra haver crescimento. Eu que já nasci cansada e com o cordão umbilical enrolado no pescoço, sem ar como um acidente ou como alguém que sabia o caos todo que aguardava, realmente penso ser loucura casar consigo mesma. Já nascemos nos aguentando e não é necessário um banquete pra festejar essa fatalidade. A parte boa de tudo isso? Sempre após as brigas entre eu e eu,melhor que em brigas de casais, posso olhar uma noite nascendo no horizonte, me abraçar,tentar esquecer dos meus conflitos e mesmo que por pouco tempo, tudo faz sentido...

Ao som de: Placebo- Every me, Every You

Cotidiano de um Delírio.

Nada melhor que expressar as próprias ideias depois de uma época conturbada. Em ritmo de músicas antigas, cervejas, choros e risos, prozac e bizarrices eu sigo e de fato espero que eventuais leitores gostem do que apresento aqui.